O acordo ortográfico continua dividindo opiniões. Embora haja correntes contrárias a adoção do novo acordo em Portugal, o país terá 6 anos para adequar-se às novas regras ortográficas atingindo sua meta em 2014.
Em seguida, trazemos um olhar português sobre o novo acordo publicado no portal JPN-Jornalismo Porto Net:
"Acordo Ortográfico: Portugal tem seis anos para ado(p)tar a nova grafia
Por Sandra Silva Pinto
2014 é a meta para implementar a uniformização gráfica da língua. 17 anos depois da assinatura do acordo, Portugal compromete-se a honrar o compromisso.
O Governo português aprovou, dia 6 de Março, o Segundo Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da língua portuguesa. A assinatura do acordo data de 1990, mas só agora Portugal decidiu levar adiante a proposta do protocolo modificativo de 2004 e estabelecer um prazo de seis anos para a adaptação e entrada em vigor da nova grafia.
A ratificação do acordo e a adopção de uma nova forma de escrever em português não tem sido vista de forma consensual e pacífica ao longo dos últimos dezassete anos. Desde a assinatura do acordo, em Dezembro de 1990, muitas foram as figuras públicas e especialistas em linguística que manifestaram a sua oposição às alterações propostas pelo documento.
Contudo, apesar das vozes contestatárias, das críticas à inércia e pouca vontade política denotadas pelas lideranças políticas, e depois da elaboração de dois protocolos modificativos, o Governo português decidiu avançar com a implementação do acordo que unifica a escrita da língua portuguesa.
A decisão foi tomada em Conselho de Ministros e prevê que, em 2014, todos os portugueses já escrevam de acordo com as novas alterações gráficas. Enquanto espera a aprovação da Assembleia da República (AR) e do presidente Cavaco Silva, a proposta foi objecto de debate na AR onde professores catedráticos, linguistas, editores e deputados discutiram vantagens e contrapartidas da nova ortografia.
A troca de argumentos entre o eurodeputado Vasco Graça Moura e Carlos Reis, catedrático de Coimbra e reitor da Universidade Aberta, foi o momento que mais se destacou e captou a atenção dos presentes na AR. Carlos Reis defende a implementação do acordo com vista a eliminar divisões entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), enquanto o eurodeputado do PSD faz duras críticas de cariz jurídico ao documento.
A uniformização gráfica da língua está longe de gerar unanimidade e promete continuar a ser uma questão polémica e discutível. Contudo, a mudança no Ministério da Cultura pode ter contribuído para acelerar este processo. A ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, estimava um período de dez anos para "avaliação da sociedade civil" até à entrada em vigor do acordo. Já Pinto Ribeiro, seu sucessor desde Fevereiro deste ano, tem mostrado grande empenho na rápida ratificação portuguesa e dos restantes países lusófonos."
Confira, agora, algumas opiniões divergentes dos leitores do portal:
Por Luciano
Parabens Brasil, sera que esqueci algun acento ou letra? rsrs, mais sou brasileiro aprendo rapido...
Por Bruno
Realmente,é para estar contente porque com este acordo(lastimavel e que faz ruptura com a cultura linguistica Europeia) deixa de se falar Português para passar a falar somente uma variante,a brasileira. Por bom senso geral deveria ser o brasil a mudar a sua escrita e não Portugal,porque aqui fala-se Português correcto de facto.
Neste processo foi tido em considerassam um facto,é que,apesar de no sotaque lisboete "aquelas letras" serem mudas ,um pouco por todo o resto do país essam letras pronunciam-se e falam-se de facto,NÂO SÂO MUDAS,são bastante bem faladas e escutadas.
É de salientar a falha da constituição Portuguesa que não protege o patrimonio linguistico.. Uma falha que vai fazer com que o proprio texto contitucional tenha que ser re-escrito pos tambem ele tem que se adaptar a este acorto e só esse ponto realça o quanto o documento pode ser altamente inconstituicional..
Eu deixaria as questôes se deve ser correcto permitir que politicos decidam a lingua? E não povo português por meio de referendo'? Será contituicional que um politico possa fazer o que quer com a cultura linguistica?
E o acordo,enquanto lei que regula a lingua?? Uma lei para regular a lingua depois depois da sensura que existiu em Portugal!! Resta-nos esperar que a ASAE passe a andar atras de Editoras a fazer cumprir a lei!! senão atras de cada um de nós qualquer dia.. sensura de novo.
Por Mauricio Alves
Era mais facil (fácíl) cada pais (país) mudar o nome da sua lingua, exem: no Brasil para lingua Luso-Brasileira,em Angola para lingua LusoAngolana...coitado de Camões se ainda estivesse vivo,talvez iria preferir ficar cego do que aceitar essas mudanças!!!
Por Joel Teixeira dos Reis
Completamente desnecessário e um acordo FALSO. Pertgunto-me quais as razões verdadeiras por detrás do Acordo? Razões linguísticas ou políticas?
Para quê este Acordo ortográfico afinal? Para que o Brasil possa ser membro do Conselho de Segurança da ONU a todo o custo e às custas de Portugal?
Para quê tirar o acento diferencial em "pára"? Qual a lógica, o sentido?
Para quê tirar o "p" em Egipto quando muitas pessoas pronunciam efectivamente o "p"?
Por mim podem por o Acordo no sítio onde toda a gente sabe pois eu continuarei a escrever em Português de Portugal que é a mais correcta e que não adopta estrangeirismos.
Por Cecília
Este Acordo Ortográfico, doa a quem doer, é necessário.Por quê? Porque muitas vezes os tradutores encontravam dificuldades nas traducoes oficiais e de livros.
Quer coisa mais ridícula do que ter uma versao em português de Portugal e outra do Brasil dos livros de Paulo Coelho? Facam-me o favor!
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